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O Sonho

Na época que o conhecido Mário Suíço treinou o Sardoal, as saídas nocturnas dos jogadores eram mais que muitas, até o massagista saía. Mário Suíço, na altura, possuía uma discoteca chamada Matahari localizada onde hoje podemos encontrar o Bataclan de Franquelím e Roberto.
Era a vida de Mário e tinham que respeitar, a sua discoteca era um lugar muito procurado na noite pelos seus jogadores.
Numa noite de Sábado para Domingo, Ninó, capitão do Sardoal, decidiu abusar na noite tanto nos copos como nas horas. A noite foi tal que veio com Mário (seu treinador) de carro para casa, passando antes em casa deste para enganar o estômago. Conclusão chegou a casa já era de dia.
Aos Domingos, o ponto de encontro era feito na sede do clube, como ainda hoje. Mais tarde viaja-se para o campo para se disputar o jogo. Mas antes dos jogadores se equiparem existe sempre um curto espaço de tempo para que estes se apercebam do estado do terreno.
Nessa altura Mário encontra Ninó sozinho e aborda-o, dizendo que a noite foi demais e que ainda não tinha recuperado, como se costuma dizer, ainda estava “Zenam”. Ninó responde-lhe com a mesma ideia, e eis que Mário lhe diz: “Sabes Ninó, hoje tive um sonho. Sonhei que ias para o banco!”.
Muitas vezes os treinadores têm que acreditar nos sonhos, pois o futebol é um desporto sem certezas, mesmo que os sonhos lhes digam que o massagista marcará o golo da vitória e que o devem pôr a ponta de lança.

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